terça-feira, 25 de setembro de 2012

THE VOICE BRASIL




Que o Brasil segue a tendência mundial e é audiência certa para reality shows de todo tipo, todo mundo já sabe, não é? Tanto que até podemos dizer que a TV aberta ganhou um verdadeiro "calendário do entretenimento" norteado por esse tipo de atração, e cada estação do ano tem sua safra desses programas em várias emissoras. A bola da vez é a versão Global do The Voice, que estreou no último domingo (23).



O PROGRAMA
 

 A competição musical pode parecer mais do mesmo para os desavisados – Jurados famosos na indústria musical, calouros tentando uma chance de conseguir um contrato com uma gravadora e a emoção dos familiares no backstage do programa – mas o conceito foge a principal característica dos demais shows: Nenhum candidato será exposto ao ridículo pelos jurados em rede nacional. Os cantores que chegam ao palco são previamente selecionados em audições não televisionadas, garantindo que apenas os mais promissores estarão efetivamente na competição.
 
No ar pela primeira vez na Holanda em 2010, The Voice rapidamente se tornou sucesso mundial. A versão americana, exibida na NBC, já está na terceira temporada, mas com fôlego de sobra para vencer com terceiro episódio, a estreia do concorrente X-Factor, da Fox.  
  
Team The Voice USA



QUEM É O QUE

Quatro cantores famosos compõe o painel de mentores/técnicos. As escolhas da Globo: Lulu Santos, Carlinhos Brown, Daniel e pasmem, Claudia Leite! A ideia era ter um representante de cada gênero da música, mas como estamos falando do Brasil a coisa ficou assim:

Os tecnicos da versão tupiniquim
 
Lulu Santos – Pop Rock / Carlinhos Brown – Axé; Black / Daniel – Sertanejo / Claudia Leite – Axé.

E para abrilhantar ainda mais a atração, ninguém menos que Tiago Leifert como apresentador, e Daniele Suzuki trazendo boletins diários da atração. E a direção geral, advinha? Boninho.

 A competição tem várias etapas e funciona assim: 

Audições: os quatro mentores ficam sentados de costas para o palco onde os candidatos se apresentam, forçando que a escolha seja baseada apenas na sua qualidade vocal, e não na aparência física, presença de palco, ou mesmo estereótipos.  Cada mentor escolhe doze candidatos para compor seu time. 

Veja a primeira audição do programa: Gabriel Levan canta Come together.


 Batalhas: Os Competidores de cada time se enfrentarão cantando em duplas, e os próprios mentores decidem quem é eliminado.

Bottle Round - The Voice USA: Chris Mann vence manina benabou


Shows Ao Vivo: Os candidatos se apresentam ao vivo, e o público decide quem quer que continue na competição.
Cada mentor terá um candidato na final, e novamente o público escolhe o grande vencedor.




A ESTRÉIA


Como a dinâmica da programação da TV brasileira é muito diferente dos outros países, foi um acerto optar por exibir o programa nas tardes de domingo. Nos EUA, the Voice vai ao ar nas noites das segundas e terças.
 
Os números foram ótimos. A Globo se manteve em primeiro lugar com 15 pontos, picos de 17. A média da segunda posição, sempre alternada entre SBT e Record, ficou nos 5 pontos. Costumava ser 7 antes da estreia do programa.
Nessa primeira fase, 105 candidatos pré-selecionados disputam uma das 48 vagas, distribuídas em times de 12 candidatos para cada técnico. Na estreia de domingo, 11 foram aprovados. Carlinhos Brown tem 4 integrantes no seu time, Daniel (que parece ter ficado com as vozes mais marcantes do dia) tem 3 cantores no seu time, Claudia e Lulu preencheram apenas 2 vagas.

 Veja o show de abertura dos técnicos brasileiros:



A estreia do programa como um todo poderia ter passado batida na mídia caso não tivesse levantado já uma pequena polêmica: Um candidato, Yuri cantou uma música sertaneja e, ao final da sua audição, nenhum técnico demonstrou interesse por suas qualidades vocais. Mas, ao virar as cadeiras para os elogios e mesuras corriqueiros e encorajadores, os jurados perceberam que Yuri se tratava de um índio, o que aparentemente fez todos mudarem de opinião. Todos os jurados fizeram questão de levantar e cumprimentar o candidato pessoalmente, demonstrando arrependimento por não tê-lo escolhido. Fica então a dúvida: Por que ninguém foi capaz de manter a decisão e a opinião sobre não querer o candidato no time? Não é a voz o que o programa procura?


Sem mais.

  

Por Suelen Roberta


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